Bate-papo com Hermes C. Fernandes

Como prometido (e com um pouco de atraso), a seguir compartilhamos uma entrevista com o Rev. Hermes C. Fernandes. O Rev. é presidente episcopal de REINA (Rede Internacional de Amigos), bispo consagrado pela International Christian Communion (comunhão que reúne bispos de tradição anglicana/episcopal dos cinco continentes), fundador e atual coordenador do Projeto Social Tesouro Escondido, que atende a várias comunidades carentes do Rio de Janeiro, conferencista e autor de 28 livros, dentre os quais o mais novo lançamento, Intolerância Zero. Junto com outras lideranças religiosas, teve participação em uma reportagem da TV Globo sobre Intolerância Religiosa. Desde abril integra a equipe de colunistas do Mídia Ninja, onde também atua o Pastor Ariovaldo Ramos. Nesta entrevista vamos conversar um pouco sobre o livro Intolerância Zero e temas correlatos.

Somos Progressistas. O Brasil passa por uma difícil travessia econômica e social, com o aumento de casos de violência em presídios e nas ruas de cidades como Vitória, no Espírito Santo. Ao mesmo tempo observamos o crescimento da intolerância religiosa por parte de alguns grupos da sociedade. No Rio de Janeiro, onde o senhor dirige a Rede Internacional de Amigos, são recorrentes os casos aqui relatados, e com um agravante: o prefeito do RJ, Marcelo Crivella, advém de uma denominação com histórico extremista. Neste sentido, como sua denominação, a Reina, tem atuado para fazer frente a está escalada de ódio?

Hermes C. Fernandes. O povo reinista (referimo-nos assim aos membros da Reina) tem se engajado numa cruzada anti-intolerância em várias frentes. Tanto através de sermões e palestras que visem a conscientização da membresia, quanto através de participação em debates na TV e na Rádio, literatura, artigos no blog e nas redes sociais, que fomentem uma postura cordata que possibilite a coexistência pacífica com os mais diversos segmentos sociais, incluindo os que professam outras fés.

Somos Progressistas. Falando em extremismo religioso, um programa da Rede Globo de Televisão lhe procurou para lhe fazer uma proposta de participação em um documentário sobre o tema. A atuação da Reina, de coexistência pacífica com pessoas das mais diferentes matizes religiosas e sociais foi o que, segundo o diretor de jornalismo, Claúdio Renato Passavante, chamou a atenção da produção. A ideia era reunir representantes religiosos e da comunidade LGBT para participarem do documentário. As repercussões foram imediatas. Líderes conservadores e jornalistas evangélicos teceram diversas críticas ao senhor. Qual era o objetivo da proposta de reunião dos representantes e qual foi sua reação às críticas?

Hermes C. Fernandes. Tratava-se de um documentário sobre intolerância. A produção decidira entrevistar alguns pastores, dentre eles, Silas Malafaia e Lucinho Barreto. Faltava uma voz destoante. Quando souberam da nossa proposta de coexistência pacífica, não hesitaram em nos procurar. Acredito que cumprimos nossa missão ao fazer o contraponto ao discurso fundamentalista representado por Silas e Lucinho. Como sei que as entrevistas para TV costumam ser editadas, e que isso poderia interferir no sentido geral da minha fala, resolvi recorrer ao poder da imagem. Uma imagem fala mais que mil palavras. Convidei pessoas que pudessem representar alguns segmentos sociais vítimas de preconceito por parte dos evangélicos; trouxe-as à plataforma e pus-me a lavar seus pés e pedir-lhes perdão. O câmera-man da globo era umbandista e ficou visivelmente emocionado, dizendo que jamais havia visto algo semelhante.

Somos Progressistas.. Em junho de 2015 uma menina de 11 anos foi vítima da intolerância religiosa. Ao sair de uma cerimônia do Candomblé, por volta das 18h30, K. e outros sete adeptos foram alvos de pedras atiradas por evangélicos. A jovem k,recém iniciada no Barracão do Candomblé, situado na Avenida Meriti, na Vila da Penha (Zona Norte do RJ), foi a única atingida por uma pedrada, que lhe causou um hematoma na cabeça. Vila Penha fica na mesma zona do Engenho Novo, onde o senhor ministra pregações sobre tolerância religiosa, a membros e visitantes dos cultos e encontros da Reina. Sabemos que não é um fato isolado, mas cada vez mais recorrente em comunidades do Rio de Janeiro. Este foi um dos motivos que levou o senhor a escrever o livro “Intolerância Zero”?

Hermes C. Fernandes. Sem dúvida. Quem um dia foi vítima, não tem o direito de fazer vítimas. Durante décadas os evangélicos foram perseguidos. Vivi a reta final dessa época. Tive minha casa apedrejada diversas vezes. Numa delas, um paralelepípedo estraçalhou a janela do meu quarto, caindo próximo de onde estava deitado. Por pouco não atingiu minha cabeça. Perdi a conta das vezes em que preguei ao som de pedras arremessadas contra a igreja. O carro do meu pai foi cercado com toda minha família por pessoas que ameaçavam nos linchar. Só quem viveu coisas semelhantes sabe do que estou falando. Mas com o crescimento da população evangélica a coisa parece ter se invertido. De perseguidos, passamos a ser perseguidores. Fomos de vítimas a algozes no prazo de duas décadas. Por isso, me vi na obrigação de debruçar-me sobre o tema e buscar apagar o início de um incêndio que pode tomar proporções catastróficas.

Somos Progressistas. Constantemente nos referimos às atrocidades praticadas durante a Idade Média e início da Moderna, com medidas inadequadas da Igreja Católica para conter o crescimento de “hereges” e outros indivíduos vistos com certa dose de preconceito pelos líderes católicas do período mencionado. As mutilações e mortes decorrentes do Tribunal da Inquisição são exemplos clássicos do que chamamos em Ciências Sociais de “Intolerância Religiosa”. Pelo menos 30 milhões de pessoas foram exterminadas durante o período de vigência do “Santo Ofício”, e isso sem mencionar outras tantas milhões de pessoas que tiveram seus corpos marcados pelas máquinas de tortura usadas nos interrogatórios. Mas que dizer do Protestantismo da época dos reformadores? Também não foram responsáveis por práticas de tortura e extermínio?

Hermes C. Fernandes. De fato, todos temos telhados de vidro. Não se pode colocar panos quentes sobre episódios lamentáveis da nossa história como aquele em que Calvino, o reformador suíço, denuncia Miguel Serveto como herege, destinando-o, assim, a ser queimado na fogueira. Episódios como o das bruxas de Salém, capítulo vergonhoso da história norte-americana protagonizado por cristãos protestantes de origem puritana. Creio, porém, que cada segmento religioso teve sua adolescência, fase tipificada pelo radicalismo. Por isso, quando vejo alas radicais do islamismo, lembro-me de que o Islã é uma religião ainda jovem em comparação ao cristianismo. Que diferença haveria entre o ISIS e as cruzadas, por exemplo? Talvez a diferença seja o fato de que naquela época não houvesse bombas.

Somos Progressistas. Vivemos um período de extremismo religioso e nacionalista que tende a crescer após a eleição de Donald Trump. Durante a campanha, Trump prometeu construir um muro para separar os EUA do México. Eleito, começou a colocar suas promessas de campanha em prática por meio de “decretos presidenciais”. Além de autorizar a construção do muro, emitiu um decreto que proíbe a entrada de cidadãos de sete países. Graças a justiça daquele país o decreto foi derrubado. Mesmo pessoas com status de perseguidos políticos foram barradas nos aeroportos dos EUA. Enquanto Trump e partidos de extrema direita da Europa veem na construção de muros e barreiras jurídicas uma forma de conter a onda migratória, Jesus pregou a importância da tolerância e da união como forma de resolução de divergências. Neste sentido, o capítulo 12 do livro Intolerância Zero é emblemático. Nele o senhor fala da importância de “uma sociedade sem muros”. Certo?

Hermes C. Fernandes. Sim. Deus não criou um mundo com fronteiras. A primeira fronteira surgiu como consequência do pecado. A primeira alfândega era composta por anjos munidos de espadas flamejantes. Quem está aí não passa para aqui. Pode-se dizer que os muros que nos separam uns dos outros são reflexos do muro que nos separava de Deus. Todavia, pela cruz, Deus demoliu tal muro. A alfândega celestial foi desativada. Deus tornou-se acessível a todos os homens mediante Jesus. Portanto, não faz sentido a manutenção de fronteiras entre nós. Neste sentido, nada é mais globalizante do que o evangelho. Ele conclama os homens à unificação. Em Cristo, todas as distinções étnicas, sociais e sexistas caem em desuso. Todos os muros, sejam de concreto ou de ideias, devem ruir.

Somos Progressistas. Nos últimos 30 anos o Brasil conheceu o que países nórdicos, como Noruega e Suécia, chamam de Estado de bem-estar social. A promulgação da Constituição Cidadã de 1988 foi o marco inicial. No governo Collor, apesar dos erros cometidos por este, também foram registrados alguns avanços paralelos, como a ratificação do Estatuto da Criança e do Adolescente e as bases jurídicas da Previdência Social, com as Leis 8.212 e 8.213 de 1991. Na gestão FHC tivemos a estabilização da economia e o lançamento das bases de alguns programas sociais ampliados pelas gestões petistas de Lula e Dilma. O emprego e o produtivismo estiveram em alta até pelo menos o fim do primeiro mandato de Dilma Rousseff. Em Intolerância Zero, o senhor fala sobre a importância do produtivismo e de que as pessoas devem depender menos dos programas sociais do governo. Qual é o objetivo de sua fala?

Hermes C. Fernandes. Sou 100% a favor dos programas sociais. Como diria Betinho, quem tem fome tem pressa. Todavia, temos que cuidar para que não transformemos os fins em meios e os meios em fins. Se o objetivo de tais programas é a inclusão, uma vez alcançado, já não haverá necessidade de que as pessoas dependam do estado como benfeitor. Seu papel será apenas o de garantir a manutenção do que já fora alcançado. Mas como Jesus disse que sempre haverá pobres entre nós, logo, tais programas sociais seguirão imprescindíveis para que alcancemos maior equidade social. Deve-se, porém, ir além do suprimento das necessidades básicas imediatas. Deve-se investir na emancipação do sujeito, a fim de que tenha sua dignidade integralmente resgatada.

Somos Progressistas. Desde o surgimento do Cristianismo observa-se uma grande dificuldade no trato de cristãos com outras manifestações religiosas e sociais. O apóstolo Pedro mostrou-se intransigente e algumas vezes extremista em sua relação com samaritanos, e em uma refeição na Igreja da Antioquia foi repreendido por Paulo devido seu preconceito com relação aos gentios que estavam sentados na mesma mesa dos apóstolos. Nas décadas de 80 e 90, no Brasil, com o crescimento de movimentos neopentecostais, como a Igreja Universal do Reino de Deus, os conflitos, esporadicamente registrados em décadas passadas, alcançaram um nível preocupante e com prejuízos ao conjunto geral das igrejas evangélicas brasileiras. Mais tarde, líderes como Marco Feliciano e Silas Malafaia trouxeram mais prejuízos à imagem da Igreja brasileira com suas declarações preconceituosas. Inclusive o Feliciano chegou a fazer uma declaração polêmica sobre a África e que foi prontamente rebatida pelo senhor em um debate televisivo. A questão é: como comunicar o Evangelho sem atacar outras confissões religiosas e culturas?

Hermes C. Fernandes. Quantas vezes vimos Jesus atacando a religiosidade romana? Pelo contrário. Ele foi capaz de enxergar num centurião uma fé que jamais encontrara em seu próprio povo. Não se trata de ecumenismo, muito menos de sincretismo, mas de coexistência respeitosa. Os evangélicos criticam o fato de candomblecistas lavarem as escadarias da Igreja do Nosso Senhor do Bonfim em Salvador, Bahia, mas se esquecem de que os primeiros a trazerem oferendas ao recém-nascido Jesus foram magos (eufemismo para “bruxos”) e não sacerdotes judeus. Particularmente, creio que em cada tradição religiosa haja rastros deixados pela graça. Se olharmos com carinho, desprovidos de preconceito infantil, perceberemos nitidamente estes lampejos na fala de Maomé, de Sidarta Gautama (o Buda), do Chico Xavier, do Papa atual e dos anteriores, e de muitos outros. O que nos impede de admitir é o medo de que isso possa parecer que estejamos endossando tudo o eles ensinaram. Ora, Paulo cita os filósofos estoicos em seu discurso no areópago, nem por isso, endossa seus ensinamentos. Há sempre um ponto de convergência entre a nossa fé e a dos outros. Mas, infelizmente, preferimos recorrer justamente aos pontos de divergência, aumentando assim, cada vez, o abismo que nos separa. Estou convencido de que se quisermos ser ouvidos, precisaremos aprender primeiro a ouvir, dispostos a aprender até com quem pense diferentemente de nós.

Pingue-pongue

Para finalizar, vamos fazer um rápido exercício sobre alguns dos principais temas que estão em discussão na sociedade e que nós, como cristãos, não podemos nos eximir da responsabilidade. Somente responda se concorda ou não com o tema em discussão, e o porquê de sua resposta, de forma resumida e objetiva. Vamos lá:

1. Pesquisas com células-tronco embrionárias.

A favor. A ciência é um dom de Deus. Questões bioéticas devem ser debatidas com discernimento, sem precisar recorrer a fundamentalismos religiosos. Ademais, já é possível produzir células-tronco sem a necessidade de descartar embriões.

2. Redução da maioridade penal.

Contra. Por que razão seria a favor de que um menor infrator fosse matriculado na universidade do crime em que se tornaram nossas penitenciárias? Quanto mais reduzirmos a maioridade penal, mais cedo nossas crianças serão recrutadas pelo crime. Esta medida não surtiria qualquer efeito no combate ao crime. Lugar de criança é na escola.

3. Punitivismo e encarceramento em massa.

Contra. O objetivo do encarceramento deveria ser a restauração e reintegração do indivíduo à sociedade e não simplesmente a punição por seu crime. O país tem a quarta maior população carcerária do mundo. Enquanto isso, a criminalidade segue seu ritmo de crescimento vertiginoso e galopante. Precisamos de medidas preventivas, como maior investimento em educação e a presença efetiva do Estado onde impera o crime, não apenas para coibi-lo com ações ostensivas e repressoras, mas para inibi-lo com ações de inserção social.

4. Descriminalização das drogas.

A favor. Já está mais do que provado que a política atual de combate às drogas é uma falácia. As drogas deveriam ser assunto de saúde pública, não de repressão policial. Enquanto é tratada como crime e tabu, sendo mantida na ilegalidade e na marginalidade, o poder do tráfico aumenta drasticamente, pondo em risco a segurança de toda a sociedade. Não se trata de um problema tão sério relegando-o à marginalidade.

5. Aborto.

Quem em sã consciência seria a favor do aborto? Só um anencéfalo seria a favor da morte de seres inocentes. Mas quem em sã consciência seria a favor de que mulheres pobres, desesperadas, vítimas de estupro, fossem penalizadas por não quererem dar prosseguimento a uma gravidez? Quem em sã consciência preferiria que tais mulheres morressem em clínicas clandestinas ou fossem tratadas como criminosas? Não é preciso ser a favor do aborto para admitir que sua criminalização só faz aumentar o lucro exorbitante dos carniceiros que agem na penumbra, locupletando-se do desespero de muitas meninas. Se uma delas me procura em busca de ajuda, meu conselho é que não aborte. Mas caso o faça, não serei eu a condená-la.

6. Controle populacional.

Contra. O Estado não deve ter ingerência na vida privada de seus cidadãos. Porém, creio que deveria haver um trabalho de conscientização. Desde a escola, as pessoas deveriam aprender a como evitar uma gravidez indesejada. Deveriam se conscientizar de que colocar um filho no mundo exige muita responsabilidade.

7. Estado Laico.

Absolutamente a favor. Lutero dizia que o Estado e a Igreja seriam os dois braços de Deus no mundo. Um, seria o braço da lei. Outro, o braço da graça. O que esperar quando esses dois braços se cruzam? Para que ambos sejam eficientes, devem se manter em seus respectivos escopos de atuação. Ademais, quando a Igreja se promiscui com o Estado, perde sua credibilidade profética. Sem que goze de total isenção profética, a igreja é incapaz de cumprir seu papel. Razão pela qual não sou favorável à isenção fiscal da igreja. Não vejo razão para que ela seja subsidiada pelo estado. Para falar livremente, denunciando o erro e os abusos do poder, ela não pode dever qualquer favor a ele. O estado, por sua vez, deve zelar pela liberdade de culto, garantindo que nenhuma fé exerça primazia sobre as demais. Cada vez que me deparo com um grupo umbandista arriando seu despacho numa encruzilhada, louvo a Deus por morar num país onde isso seja possível. Mesmo que discorde teologicamente, não posso me esquecer de que sou contemplado com a mesma liberdade que lhes é garantida pelo Estado.

8. Desmilitarização da Polícia Militar.

A favor. A polícia militar é uma triste herança da ditadura militar. Precisamos de uma polícia cidadã, que mate menos, e que igualmente morra menos. A maneira como está estruturada, a PM é uma máquina de guerra, cuja atuação ostensiva tem se revelado ineficaz no cumprimento do seu dever. Além do mais, a desmilitarização da polícia garantiria certos direitos aos seus próprios integrantes como, por exemplo, o direito à greve por melhores salários e a reivindicação de melhores condições de serviço.

9. Aquecimento global.

A favor de medidas preventivas que inibam os efeitos do aquecimento global. Não se pode sacrificar a sustentabilidade no altar do progresso. Há que se encontrar um equilíbrio, ainda que nos custe uma revisão de nossa teologia. Digo isso, porque percebo uma tendência de se respaldar essa busca desenfreada por progresso numa teologia rasa e imbecilizante. Cada besta tem seu próprio falso profeta. E a besta do capitalismo não escapa à regra. A teologia enlatada produzida nos EUA serve a isso: justificar o lucro a qualquer custo. Pensa-se no aqui e agora, sem se preocupar com o legado que será deixado para as próximas gerações. Uma das responsáveis por esta cosmovisão equivocada é a escatologia conhecida como Dispensacionalismo. Desde que me entendo por gente, ouço dizer que somos a última geração. Ora, se somos a última, por que nos preocupar com questões ambientais? Para corrigir este pensamento, precisamos voltar ao Gênesis e redescobrir nossa vocação original: guardar e lavrar (em outras palavras, proteger e desenvolver a criação). Portanto, progresso e sustentabilidade não estão necessariamente em trincheiras opostas. E sem dúvida, a questão climática deve encabeçar a lista de nossas prioridades.

10. Envolvimento de cristãos com políticas progressistas.

A favor. Para tal, teremos que nos desvincular daquele “Jesus genérico” produzido pela indústria religiosa, garoto-propaganda do american way. Definitivamente, a agenda do reino de Deus é uma agenda de cunho progressista, alinhada aos anseios dos excluídos, atenta ao clamor dos desfavorecidos, engajada na transformação da realidade.

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